Muito se fala em psiquiatria, psicologia e psicoterapeutas quando o assunto é depressão. Porém, o tratamento costuma ser longo. No caso de remédios prescritos a adaptação costuma ser difícil, havendo a necessidade da troca de medicamento e ajuste da dose de acordo com cada paciente. Uma terapia pode levar de seis meses a cinco até dez anos.
Trata-se de um longo tempo ao falarmos de cura. Cada caso é único, porém, por que não buscamos as causas da depressão? Encontrar fatores que causam o desequilíbrio hormonal, fazendo com que surja a depressão, é um dos primeiros passos para a cura desta doença silenciosa e mortal. Veja neste artigo alguns dos agentes influenciadores na depressão, e a importância de um tratamento multidisciplinar para a cura desta.
A psicoterapia tem um papel fundamental no tratamento cognitivo da depressão. Porém, uma avaliação multidisciplinar requer que outros profissionais tais como médicos, psiquiatras, endocrinologistas, nutricionistas, etc., possam avaliar o quadro do paciente e prescrever as medicações necessárias adequadas à cada caso.
No caso de ser constatado problemas na saúde física do paciente, o psicologo desenvolve estratégias dentro da terapia para que essa patologia seja tratada de forma correta e não volte a ocorrer. Isso só reafirma a importância de um acompanhamento psicológico no tratamento da depressão.
Alguns problemas de tireoidismo apresentam os mesmos sintomas da depressão. Neste caso, um simples tratamento adequado para a tireoide já resolve o problema. A tireoide é uma glândula localizada no pescoço responsável por liberar hormônios que controlam nosso metabolismo. Se há algum problema com seu funcionamento, surgem sintomas similares ao da depressão; como fadiga, alterações de humor, diminuição da libido, ganho de peso e problemas de concentração.
Entretanto, tudo pode ser efeito do hipotireoidismo, podendo este também causar calafrios, cãibras, ressecamento e frequência cardíaca lenta. Mesmo com sintomas parecidos, os casos devem ser tratados com remédios que regulem as atividades da tireoide. Com a glândula voltando a trabalhar os sintomas costumam desaparecer.
A carência de vitamina B12 no nosso corpo, sozinha, não causa depressão. No entanto, para quem já é propenso a ter a doença, essa deficiência pode ser um gatilho. De acordo com a nutricionista Vânia Barberan, colaboradora do Conselho Regional de Nutricionistas 4ª Região, “vegetarianos têm risco maior de apresentar baixos níveis de vitamina B12, já que ela é ofertada, sobretudo, por alimentos de origem animal.”.
Indivíduos que já realizaram a cirurgia bariátrica, também podem sofrer com a falta desse nutriente. Durante o procedimento, elas podem sofrer uma lesão em células que geram a substância. É recomendada uma consulta com o nutricionista ou médico antes de iniciar qualquer suplementação.
A ausência de vitamina D é um dos principais fatores da depressão sazonal. Em uma matéria publicada em 2012 pela Band, moradores do centro de Porto Alegre, que habitam apartamentos localizados em sub-solos com pouca luminosidade e muita umidade, reclamam dos efeitos de viver em um local assim.
Conforme o psiquiatra Rogério Cardoso,”pessoas que moram em condições de pouca luz e frio têm maior probabilidade de ter uma depressão sazonal, causada pela redução da exposição ao sol. “Há uma hipótese de terem frequente mau humor. Essa depressão é curada com maior exposição do paciente à luz”, explica. Expor a pele ao sol aumenta a produção de vitamina D e das endorfinas, que dão a sensação de bem-estar.”.
Além do emocional e psicológico, é de extrema importância a avaliação da saúde física do paciente e de fatores sociais como as relações do indivíduo, as condições de habitação e trabalho, entre outros. Tudo isso influi diretamente na nossa saúde mental.
É possível tratarmos cada área de nossa vida que está precisando ser curada. Devemos ter paciência e acreditarmos em nosso potencial, pois, assim um caminho para a cura é possível. Identificou-se com algum sintoma? Agende já sua entrevista conosco e saiba por onde começar neste caminho!