Agosto é o mês do Psicólogo. Este ano no dia 27, comemoramos 55 anos da formalização da profissão no Brasil. É uma carreira que tradicionalmente as mulheres dominam, mas afinal, por quê? Se observarmos os índices de outros países, a distribuição de gênero é muito mais homogênea.
Em conversas informais, há quem atribua essa ausência masculina, à linha teórica que é mais difundida no país. No entanto, isso é uma escolha que se faz dentro da faculdade. Ou seja: essa barreira existe desde a escolha do curso. Um profissional da área que está prestes a se aposentar (preferiu não identificar-se) afirma que isso ocorria devido ao psicotécnico (método de avaliação psicológica). Este teste era aplicado antes ou durante o vestibular. Quem não fosse considerado apto, não poderia matricular-se no curso, mesmo tendo um excelente desempenho na prova escrita.
Segundo este profissional, neste teste o perfil selecionado era compatível na maioria das vezes com mulheres. Não era uma questão de preconceito. Entretanto, mesmo após 10 anos da extinção, no Rio Grande do Sul, dessa ferramenta para ingresso no curso de Psicologia, continua-se tendo salas de aula ocupadas quase que unanimemente por mulheres.
Ainda existe uma ideia de que para ser um bom psicólogo, é necessário ser mais “maternal”. E mesmo nos dias atuais, isto ainda é visto como um papel da mulher, mesmo que a nossa sociedade tenha evoluído tanto em termos de igualdade de gênero.
Porém homens também sabem ser maternais sim, porém esse sentimento é também sufocado pelo machismo. Eles sabem cuidar, ouvir e compreender, e podem até ser tão sensitivos quanto as mulheres. Na psicologia, durante um tratamento precisamos dos dois lados: maternal e paternal.
Hoje muitos homens têm buscado a terapia. Precisar conversar, se auto-conhecer, se amar e cuidar melhor de si não é exclusividade das mulheres! Todos precisamos cuidar de nossa saúde mental. Muitas vezes os homens e até algumas mulheres se sentem mais à vontade para conversar com um psicólogo homem.
A psicologia não se resume à clinica dita “maternagem”. A psicologia jurídica, por exemplo, auxilia a justiça , a qual confere poder às regras, leis e morais. Também existe a psicologia investigativa, que ajuda a polícia nos inquéritos e investigações. Entre muitas áreas que é possível trabalhar com a psicologia, mas por não serem escolhas tão comuns, não são tão divulgadas ou conhecidas.
É preciso que transfiramos as virtudes paternais para a Psicologia, quer seja ela clínica ou outros de seus tantos ramos, de modo a agregar com suas contribuições. Que este Dia do Psicólogo seja um incentivo para que mais homens descubram as mais variadas possibilidades desta carreira tão valiosa para as relações humanas.
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